Relatório da oficina do dia 11 de julho (TP3-unidades 9 e 10)

"Estou SEMEANDO as sementes da minha mais alta esperança.
Não busco discípulos para comunicar-lhes saberes.
Busco discípulos, para neles PLANTAR MINHAS ESPERANÇAS."
(Rubem Alves)

A música de fundo é o meio de comunicar o início de nossos trabalhos. O encontro como sempre está sendo muito interessante, percebo que apesar de todas as dificuldades de reunirmos aos sábados não tira a vontade do grupo em querer participar. Uso sempre uma mensagem de motivação para animar o nosso encontro. Após a mensagem, propus uma dinâmica do "ENVELOPE DA LINGUAGEM" cujo objetivo era reconhecer o trabalho com gêneros textuais bem como a sequência tipológica. Como no envelope havia diversos tipos de textos foi pedido que os separacem e explicassem segundo a escolha feita, o predominava em cada um. O trabalho foi feito em grupo e percebi um grande empenho dos cursistas no momento da socialização. Percebi que persistiam algumas dúvidas em relação à predominância tipológica. Exclareci as dúvidas, foi explicado a teoria dos gêneros textuais segundo Macushi, usei o cd slide do Gestar II de Rita de Cácia Souza. Creio que apartir daí consegui sanar as dificuldades. Novas informações foram incluidas. Os professores entregaram os relatórios e cada um mostrou suas atividades, relatando suas experiências. A cada relato me surpreendia, pois cada um quis dar o melhor de si na realização do trabalho. Foi muito interessante a troca de experiências nesse momento. No momento em que o cursista apresentava seu trabalho, o outro interferia pedindo informações. Com certeza foi muito importante pois os professores teram uma forma diferente de trabalhar- como disse um cursista: "quero trabalhar diferente com os meus alunos, a forma que minha colega trabalhou foi muito melhor". A maioria dos cursistas trabalhou com biografia, alguns aproveitaram o assunto uma vez que na escola estão montando projeto literário e eles realizaram o trabalho com base na TP3. Uma cursista trabalhou artigo jornalístico. Segundo ela a maior dificuldade foi encontrar material para realização da atividade - "a escola em nenhum momento colaborou com o andamento do meu trabalho, mas concegui levar alguns exemplares e foi uma experiência enriquecedora. Os alunos reconheceram outras partes do jornal não ficando centralizados somente na página do esporte". Nesse momento aproveitamos o assunto para fazermos análise das nossas práticas enquanto professores da língua materna, a postura da escola em relação às mudanças. Fizemos uma breve reflexão sobre o que fazermos com as nossas crianças.

"Ao nascermos, somos pinho de riga puro.
Mas logo começaram as demãos de tinta.
Cada um pinta sobre nós a cor de sua preferência.
Todos são pintores: pais, avós, professores, padres, pastores.
Até que o nosso corpo desaparece. Claro, não é com tinta e pincel
é com a fala. A tinta são as palavras. Faladas, as palavras grudam no corpo,
entram na carne. Ao final, o nosso compo está coberto de tatuagens da cabeça
aos pés. Educados. Quem somos?"
(Rubem Alves).

Em seguida iniciamos a prática da ofina 5 página 191, reuniram-se em duplas para realização do trabalho e no momento da socialização, trocaram sugestão de ativiades, cada grupo apresentou atividades de criatividade ímpar. É importante a troca de experiências para partilhar acertos e dificuldades, para que as experiências sirvam de sustentação às práticas em sala de aula. Para encerrar fizemos avaliação do encontro, marquei as unidades 11 e 12 para o próximo encontro e a escolha do avançando na prática. A mensagem "Tocando em frente" finalizou nosso encontro com grande estilo.